Monday, October 02, 2006

Continuó

Lembrou-se! Assim, sem mais nem menos, sem mais querer! Todas as paixões platônicas de tempos remotos (ok, não tão remotos), da sua vida - ela não conhecia as dos outros, tudo muito claramente. Ou não?
Bem, aconteceu. As criaturas pareciam anacrônicas, e se não, eram eqüidistantes no tempo. Inexplicáveis, paixões tórridas aos cinco anos de idade. Ela cresceu e foi ficando pior. A vontade desenvolvia-se junto, não deixando passar nada. Sempre havia alguém de aura encantadora, de imã oculto para o coração dela. Coração? É, não era assim que chamavam aquele em que botavam a culpa? Embora não gostasse de palavras fortes como esta, ela sabia cada denominação. Se não sabia, ao menos sentia exatamente aquilo.
Porém reparou, remetendo sempre à experiência, que um dia tudo acabava. Alguém levava o seu alguém embora (seu alguém?! é, ainda que ninguém soubesse). Alguém mais forte, de poder resoluto em duas mãos invisíveis, um velho carcamano que não ouvia ninguém. Ou uma balzaquiana de vestes sedutoras e atitude estranha. Então ficava só novamente - no âmago. Podia ser dolorido no início, porque a presença alheia é algo que faz diferença, no entanto lá na frente as coisas voltavam a ser como antes. E tinha esperança, esperança..

2 comments:

Anonymous said...

Até quando as coisas voltarão a ser como antes? Até quando seus amores serão levados por outros? ._.

Anonymous said...

voltar como era??
preferia que tudo evoluisse!!!
amores... eles existem???