Sit, wait and read.
Thursday, October 21, 2010
Lapsos
- Eu sou como um copo de Coca-Cola.
- Sério?
- Eu poderia tentar explicar, mas..
- Tenta, por favor.
- Sou irresistível, popular, saborosa..
- Hahaha!
- O quê? É sério. Depois de "degustada", ninguém consegue viver sem mim.
- E quem não gosta de Coca?
- Vai ter câncer porque só bebeu Fanta. (risos)
(pausa)
- (risos) Não acredito que tu disseste isso.
- Nem eu. (risos)
- Eu realmente não acredito! (risos) [Tom mais baixo] Pena que eu não bebo Coca.
- O que? Não ouvi.
- Nada. Besteira.
Sunday, September 26, 2010
SEQUÊNCIA 1
4. QUARTO - INTERNA - DIA
Friday, August 20, 2010
Wednesday, August 18, 2010
Thursday, October 29, 2009
And the stars, they all aligned
I knew I had to make my, decision
But I never made the time
No, I never made the time
I can't stay, so far
I can't stay, much longer
Riding my decision home
There is a little boy in her arms
Now we'll parade around without game plans
Obligations, or alarm
- I can't stay, much longer...Riding my decision home!
E corta.
Friday, September 25, 2009
Namorar me castrou.
É que em vez de ser fértil, bonito, poético e inspirador foi simplesmente...aquilo. Não me trouxe nada de poderosamente transformador. Foram só seis meses. Ou um ano e 5 meses. Tempo agora é o de menos.
Fato é que pensar em amor, paixão, casamento, filhos, casa, pensar em tudo isso que só existia em energia desconhecida, foi emburrecedor. Porque fechei os livros, larguei as aulas mais chatas e enriquecedoras, parei de escrever à mão, não soube mais o que era escrever cartas pra alguém que nunca vi, não soube mais assistir televisão, não soube mais ficar bêbada e me divertir.
Namorar me ensinou a depender de alguém, a ligar pro mesmo número toda madrugada, a saber coisas que eu não queria, me ensinou sobre a ignorância alheia, me ensinou a gastar o dinheiro que eu não tinha, me ensinou a não ter pudor. Namorar também destruiu meu vocabulário e minha mente perspicaz.
Depois de namorar, eu acendo um cigarro, ouço a música e contemplo. Porque não namorar me permite enxergar o mundo de novo, o mundo novo. Sim, senhor, eu acendo um cigarro porque namorar é rápido, voluptuoso e aquela outra coisa que eu não sei descrever. Namorar acabou com isso também.
Sem namoro, não tem cerimônia. Você ama e pronto. Ninguém te pergunta se é muito ou pouco. Ninguém te pede a terceira via do formulário. Você bebe e fala o que quiser. Disso eu senti tanta falta.
O não namoro é como um espelho. Ou melhor, é um reencontro. Depois que você se livra da alma gêmea do ano, é obrigado a conviver consigo de novo. Mesmo que não goste, seu eu estará sempre bem atrás. E o pior: às vezes os fantasmas vão bem à frente. Nesse caminho não tem desvio.
Tem namoro que só serve pra te distrair. Quando acaba você pensa “Eu de novo?!”. Até entender o que aconteceu naquele espaço de tempo em que você mesmo esteve longe, parece tarde. Aí é a parte em que acende um cigarro e toma cuidado pra não queimar os velhos papéis que vai catar pelo quarto pra tentar se refazer.
Todo fim de namoro é uma oportunidade pra se reencontrar e limpar aquele espelho velho e persistente. E de emagrecer.